Neste episódio do Trovão Tronitruante, Daniel Ruiz recebe os convidados do Masmorracast Angelica Hellish e Marcos Noriega e também Pollyana - que segundo a uma fonte confiável de Águas de Lindóia foi abduzida por alienígenas. Sumida há alguns dias damos valiosas recompensas para quem tiver notícias sobre ela:
Uma entrada para o Shopping;
Um copo de água da torneira;
Uma coleção de tampinhas enferrujadas de Guaraná Taí;
Desenhos comentados (clique no link para ver vídeo no Youtube)
A Série Gundam completou 30 anos em 2009. De lá para cá essas máquinas evoluíram tecnologicamente. Também é certo que nem todos fãs de animes conhecem a série, então, para aqueles que sentem que estou falando em grego, aí vai.
Gundam é uma série sobre robôs gigantes (mecha - lê-se meca), uma das maiores séries de ficção científica japonesa, cujo status caminha lado a lado com os "gigantes" Kamen Rider e Ultraman.
Gundam é uma grande história de ficção científica dotada de universo próprio, bem concebida e elaborada minuciosamente por seus criadores.
Mobile Suit Gundam
A primeira série Gundam foi Móbile Suit Gundam, de 1979. O ano é U.C. 0079. As colônias espaciais rebeldes do Principado de Zeon lançaram-se numa guerra de independência contra a Federação da Terra, usando veículos humanóides no combate, chamados de Mobile Suit, para subjugar as Forças da Federação e conquistar metade da superfície da Terra.
Gundam é uma série de grande importância pois mudou o conceito dos animes do gênero mecha. Antes de Gundam todas as séries que envolviam robôs gigantes os tratavam como máquinas invencíveis, mas a idéia central de Yoshiyuki Tomino foi bem diferente, e essas incríveis máquinas passaram a ser equipamentos úteis, e não algo de que os combatentes dependiam para sobreviver.
A série começou a ser produzida visando o lado humano e não favorecendo a máquina, que a partir daí passou a ser tratada com algo substituível e descartável. A série também mudou o conceito de guerra, antes as batalhas eram apenas entre alienígenas ou forças superiores, mas a partir dele, o combate passou a ter como base uma guerra real, causada e lutada por homens.
Mobile Suit Gundam foi planejado para rodar 52 episódios originalmente, mas devido a avaliações baixas, a série foi cortada para 39. Porém, era tido como certo uma extensão de um mês para terminar a série; levando a um total de 43. Muita parecido com Star Trek, a curiosidade é que o sucesso e a popularidade de Gundam se deu mesmo nas reprises, depois do cancelamento da série na tv.
As reprises alavancaram um grande público, e formou milhares e milhares de fãs. A história foi ganhando várias versões de mundos paralelos e contagiando ainda mais pessoas.
Foram produzidos dezenas de filmes, OVA’s, e games relacionados às suas várias versões. Nunca deixando Gundam se tornar ultrapassado em relação a época ou a outros tantos animes que levaram a idéia dos MECHAS adiante.
Outras Sagas Gundam de destaque (na minha opinião)
Gundam Wing
Produzida em 1995, Gundam Wing conseguiu atingir bastante sucesso no Japão e também nos EUA (onde chegou a ser o programa mais visto do Cartoon Network). Como toda boa saga Gundam, temos uma história onde não há vilões e heróis, que são identificados por ideologias.
A trama política por trás da história pode parecer confusa (ocorrem muitas mudanças políticas, personagens trocam de lado a todo o momento) pra quem pega o bonde andando, obrigando você a sentar diante da tv até o fim dos 49 episódios da série. Mas lá pelo meio, você não fica mais preocupado em entender a história e apenas curte um ótimo anime de ficção científica!
Um pouquinho da história…
Em AC 195 (After Colony – Depois da Colonização) tem início a Operação Meteoro. A tal operação prioriza a destruição de bases militares da Aliança da Esfera Terrestre Unida (formada em AC 133, e que ditou uma nova ordem mundial na Terra depois de anos de conflitos entre as várias nações do globo) por meio de máquinas de guerra chamadas Gundams.
Cada Gundam, foi enviado de uma colônia (gigantescos asteróides que comportam boa parte da humanidade nesse futuro) em resposta à opressão militar do governo terrestre imposto que contraria o desejo de indepêndencia das mesmas. Foram recrutados jovens pilotos, que apenas seguem um cronograma pré-estabelecido por sua respectiva colônia de origem, e que aparentemente não possuem ligação alguma entre si.
Heero, Trowa, Duo, Quatre e Wu Fei (os tais pilotos) vão ao longo da história se defrontando com situações que os fazem repensar seus atos e questionar sua missão (para a qual foram designados sem maiores explicações…). Paralelo a isso, a Fundação Romefeler (um grande complexo industrio-militar que tem presença forte no contexto da Esfera Terrestre) e o líder da armada militar da Aliança (OZ), Treize Kushrenade desenham um cenário com atos que visam interesses particulares que poucos conseguem enxergar.
Ao longo da série, podemos esperar qualquer situação – tal como numa guerra – e alguns personagens que aparentemente são apenas secundários (como a Tenente Noin, Lady Une, Dorothy Cathalunia e a chatinha da Relena) fazem a história evoluir, sem sabermos qual rumo ela vai tomar. Final previsível? Impossível de você ver isso em Gundam… E esse é um dos pontos mais fortes do anime.
Gundam X
After War Gundam X ou simplesmente Gundam X é um anime lançado no Japão em 1996, um ano após Gundam Wing. Faz parte da série Gundam e situa-se na linha temporária "After War". (A.W.) um futuro apocalíptico onde só se situa esta série e um mangá chamado Gundam X: Under the Moonlight.
Gundam X é a história dos sobreviventes da Sétima Guerra Espacial (que ocasiounou a morte de 99% da população mundial) que tentam viver entre as ruínas de sua civilização. "Vultures", piratas que recolhem material de guerra em cidades em ruínas vagam pela devastada Terra. No entanto, o que ninguém sabe é que o líder dos grupos enfrentados vem planejando recuperar a glória perdida, e utilizarão Newtypes (humanos melhorados) para dominar o mundo. Mas Jamil Neate, um herói de guerra e ex-piloto do monstruoso Gundam X, o valente adolescente Garrod Ran e a garota Newtype Tiffa Adil tentarão salvar a raça humana de outra onda de autodestruição.
Gundan Seed e Gundan Seed Destiny
A série começa com uma guerra entre a Terra e as Colônias Espaciais, de lado a Aliança Terrestre, e no oposto as Colônias Espaciais que formam uma espécie de nação espacial chamada PLANT e sua divisão militar ZAFT (Aliança do Zodíaco do Tratado de Liberdade). Com novos feitos da ciência na área de engenharia genética, a raça humana é classificada agora como "Naturais" (Humanos nascidos normalmente, sem a modificação de seus genes), que são a maioria da população de habitantes da Terra e os Coordinators (Humanos com genes modificados), que povoaram as colônias espaciais da PLANT.
A ZAFT, ao descobrir a notícia de desenvolvimento de novos modelos de mobile suits pelo exército dos naturais, rapidamente invade a colônia espacial Heliópolis pertencente ao país neutro ORB, onde os mesmos estavam sendo desenvolvidos secretamente, com o plano de capturar os cinco protótipos Gundams. A ZAFT obteve êxito em roubar quatro dos protótipos. O jovem Kira Yamato, estudante civil coordinator que vivia pacificamente com seus amigos na colônia neutra acaba sendo envolvido na batalha na fábrica onde os Gundams eram desenvolvidos, sendo obrigado a pilotar o Gundam que a ZAFT não conseguiu roubar para sobreviver e proteger os amigos do ataque, o Gundam Strike, em meio ao conflito, ele descobre que um dos que roubaram os outros protótipos é seu amigo de infância, Athrun Zala.
Gundam SEED começou com as mesmas linhas de enredo às primeiras séries Gundam, porém, posteriormente à série seguiu uma linha original e distinta das séries anteriores. A série se destaca pela excelente qualidade de animação das batalhas, uma trilha sonora marcante e uma estrutura de enredo complexa que envolve engenharia genética como clonagem e alterações genéticas, além de entrar no campo do xenofobismo (repudio a outra raça, no caso do anime, o repudio entre naturais e coordinators).
Fontes: Wikipedia, vcfaz.net, jbox.com.br , animeshade.com e meu cérebro.
Estava eu navegando pela Internet quando de repente vi uma notícia que me deixou maravilhado. Havia uma banda que tocava músicas para crianças. Então, lá fui eu e cliquei no tal link e o que vi me surpreendeu muito. Realmente, existe essa tal banda que faz metal para crianças. Ela se chama Hevisaurus. Alguns finlandeses se juntaram para criar uma banda de Heavy Metal Melódico para crianças, não é a toa que a música mais ouvida na Finlândia seja o Metal. Os membros da banda usam fantasias estilo a “Família Dinossauro”. Não temos confirmação exata dos nomes verdadeiros dos integrantes, mas segundo o Encyclopaedia Metallum a banda Hevisaurus é formada por: Mirka Rantanen (Thunderstone), Jens Johansson (Dio, Yngwie J. Malmsteen, Stratovarius), Henrik Klingenberg (Sonata Arctica), Mikko Kosonen (Maija Vilkkumaa), Nino Laurenne (Thunderstone) and Mikko Salovaara (Kiuas).
A banda é formada pelos poersonagens: Herra Hevisaurus – Vocal; Milli Pilli – Teclados; Komppi Momppi – Bateria; Riffi Raffi – Guitarra; Muffi Puffi – Baixo.
A banda infantil já possui ate mesmo um CD intitulado “Jurahevin kununkaat”, alguns clipes e uma grande lista de shows marcados. Avisando que todas as musicas são cantadas em finlandês, mas vale a pena conferir.
Depois dessa, decidi que quero ter filhos na Finlândia, portanto finlandesas solteiras entrem em contato (haha). Local ideal para criar filhos, já que a Finlândia tem um alto índice de desenvolvimento humano (0,959 em 2007) e 99% da população é alfabetizada. Já em alguns países do terceiro mundo a mídia prefere emburrecer o povo (mais ainda, é possível?) com Xuxas, rebolaixons e outras merdas afins.
Neste segundo episódio do podcast Trovão Tronitruante, Daniel Ruiz, PollyAna e Marcos Norieaga leram seus poemas favoritos e comentaram sobre eles.
Os poemas são:
Só - Edgar Allan Poe (Tradução de Oscar Mendes)
Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.
Os Homens Ocos
de T. S. Eliot Traduzido por Ivan Junqueira
“A penny for the Old Guy”
(Um pêni para o Velho Guy)
Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam – se o fazem – não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.
Traduzido por Ivan Junqueira
Palavra
Sylvia Plath
Golpes,
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.
A seiva
Jorra como pranto, como
Água lutando
Para repor seu espelho
sobre a rocha
Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro
Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansável.
Enquanto
Do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.
translated by Ana Cristina Cesar
(in Escritos da Inglaterra, Ed. Brasiliense, Brazil, 1988, p. 173)
Uma ladainha pela sobrevivência - Audre Lorde
Para aquelas de nós que vivem na beirada
encarando os gumes constantes da decisão
crucial e solitária
para aquelas de nós que não podem se dar ao luxo
dos sonhos passageiros da escolha
que amam na soleira vindo e indo
nas horas entre as alvoradas
olhando no íntimo e pra fora
simultaneamente antes e depois
buscando um agora que possa procriar
futuros
como pão na boca de nossas crianças
pra que os sonhos delas não reflitam
a morte dos nossos;
Para aquelas de nós
que foram marcadas pelo medo
como uma linha tênue no meio de nossas testas
aprendendo a ter medo com o leite de nossas mães
pois por essa arma
essa ilusão de alguma segurança vindoura
os marchantes esperavam nos calar
Pra todas nós
este instante e esta glória
Não esperavam que sobrevivêssemos
E quando o sol nasce nós temos medo
ele pode não durar
quando o sol se põe nós temos medo
ele pode não nascer pela manhã
quando estamos de barriga cheia nós temos medo
de indigestão
quando nossos estômagos estão vazios nós temos medo
nós podemos nunca mais comer novamente
quando somos amadas nós temos medo
o amor vai acabar
quando estamos sozinhas nós temos medo
o amor nunca vai voltar
e quando falamos nós temos medo
nossas palavras não serão ouvidas
nem bem-vindas
mas quando estamos em silêncio
nós ainda temos medo
Então é melhor falar
tendo em mente que
não esperavam que sobrevivêssemos
Dois trechos da Canção de Ver
Manoel de Barros
1 - Por viver muitos anos dentro do mato
moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro —
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
por igual
como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra.
E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
6-Desde sempre parece que ele fora preposto a pássaro.
Mas não tinha preparatórios de uma árvore
Pra merecer no seu corpo ternuras de gorjeios.
Ninguém de nós, na verdade, tinha força de fonte.
Ninguém era início de nada.
A gente pintava nas pedras a voz.
E o que dava santidade às nossas palavras era
a canção do ver!
Trabalho nobre aliás mas sem explicação
Tal como costurar sem agulha e sem pano.
Na verdade na verdade
Os passarinhos que botavam primavera nas palavras.
A OSTRA
A ostra, do tamanho de um seixo mediano, tem uma aparência mais rugosa, uma cor menos uniforme, brilhantemente esbranquiçada. É um mundo recalcitrantemente fechado.
Entretanto, pode-se abri-lo: é preciso então agarrá-la com um pano de prato, usar de uma faca pouco cortante, denteada, fazer várias tentativas. Os dedos curiosos ficam trinchados, as unhas se quebram: é um trabalho grosseiro. Os golpes que lhe são desferidos marcam de círculos brancos seu invólucro, como halos.
No interior encontra-se todo um mundo, de comer e de beber: sob um "firmamento" (propriamente falando) de madrepérola, os céus de cima se encurvam sobre os céus de baixo, para formar nada mais que um charco, um sachê viscoso e verdejante, que flui e reflui para a vista e o olfato, com franjas de renda negra nas bordas.
Por vezes mui raro uma fórmula peroliza em sua goela nácar, e alguém encontra logo com que se adornar.
(Francis Ponge)
Para ouvir clique no Player abaixo:
Para baixar o arquivo e ouvir no seu Player preferido clique aqui.
E não esqueça de comentar. Sua opinião é muito importante para nós.